sexta-feira, 11 de abril de 2014

Cientistas pesquisam os céus do Havaí em busca de mundos distantes

No topo, encontramos o observatório. São 13 telescópios em funcionamento, operados por cientistas de 11 países.



(Globo Repórter) As montanhas do Havaí chamam a atenção de longe. Elas são tão altas que bloqueiam os ventos do mar e interferem no regime de chuvas das ilhas.

A equipe do programa está na ilha de Kauai, rumo ao canyon Waimea que, em havaiano, significa água avermelhada. Uma referência às rochas cor de ferrugem. O cânion tem 16 quilômetros de comprimento e passa dos mil metros de profundidade.

A equipe seguiu de carro pela estrada. Chegou ao ponto mais alto, onde a paisagem é deslumbrante: o Vale Kalalau, um dos lugares mais fotografados do Havaí.

A quase 2 mil metros de altitude, se está literalmente acima das nuvens, mas é deste ponto de onde se tem uma das melhores visões da Ilha de Kauai e suas montanhas vulcânicas. Tão acima das nuvens que elas brincam de esconde-esconde encobrindo a paisagem. Quando a equipe chegou, havia sol, dava pra ver o mar e o pacifico numa grande extensão, mas em pouco tempo, até a temperatura mudou.

Depois, a equipe seguiu para o topo da montanha mais alta do Havaí. O Mauna Kea, que fica na Big Island, é um vulcão extinto. São mais de 4 mil metros acima do nível do mar.

A equipe saiu da cidade de Hilo, ao nível do mar, temperatura média entre 25°C, 30°C, e foi em direção à montanha. E, lá em cima, a temperatura é abaixo de zero. Às vezes, chega a nevar.

No meio do caminho, o Globo Repórter é recebido por Susan Frayser, assessora do telescópio Subaru, que pertence ao governo japonês.

Ela explica que o ar no topo da montanha é bastante rarefeito. Então, ela passa as instruções. Tem que ter o máximo de cuidado e, inclusive, há risco de morte. Ao menor sintoma de dor de cabeça, mal estar que se acentue, tem que descer imediatamente.

No topo, encontramos o observatório. São 13 telescópios em funcionamento, operados por cientistas de 11 países.

O ar extremamente seco, livre de poluição, e a distância das luzes da cidade fazem do Mauna Kea o local perfeito para observar o infinito. O Subaru descobriu a mais distante galáxia já avistada pelo homem, a quase 13 bilhões de anos-luz da Terra. E quer mais.

O Brasil também está presente no Mauna Kea. Fazemos parte do consórcio Gemini, que reúne seis países.

No centro de comando, encontramos uma equipe jovem. O clima é relaxado. Parece uma república de estudantes, mas o canadense Andre Nicholas reforça que a responsabilidade deles é grande.

No fim do dia, apesar do frio de menos 4°C, turistas e cientistas se aglomeram em torno dos telescópios. O motivo também está no céu. Num espetáculo que só pode ser admirado se visto a olho nu.
----
Matéria com vídeo aqui

Nenhum comentário:

Postar um comentário