terça-feira, 23 de abril de 2013

O universo em gama

Rede de telescópios vai unir países – inclusive o Brasil – na difícil tarefa de capturar luz gerada por raios cósmicos ao interagir com átomos terrestres. Além de expandir o conhecimento sobre as fontes desses raios, o projeto pretende desvendar outros mistérios espaciais.



(Ciência Hoje) Exatos 60 anos depois de um astrofísico britânico apontar para o espaço, em uma noite sem luar, uma lata de lixo dotada de um espelho em seu fundo e de um sensor de luz em sua abertura, um projeto internacional inicia sua jornada para, em essência, fazer o mesmo que aquele equipamento peculiar: observar o céu para desvendar a origem de invasores cósmicos. O Brasil participa do experimento.

O CTA (sigla, em inglês, para Rede de Telescópios Cherenkov) será formado por dois conjuntos (um no hemisfério Norte; outro no Sul) de telescópios – apesar do nome, são, na verdade, espelhos côncavos gigantescos, com formato de antenas parabólicas.

Guardadas as proporções, a função das duas redes de telescópios do CTA será a mesma daquela lata de lixo – talvez, a mais famosa da história da ciência –, concebida e instalada por John Jelley (1918-1997): capturar a luz extremamente tênue gerada pela interação da radiação cósmica com átomos da atmosfera terrestre. No caso, os invasores são os raios (ou radiação) gama, os membros mais energéticos da família das ondas eletromagnéticas, que inclui também as ondas de rádio, as micro-ondas, o infravermelho, a luz visível, o ultravioleta e os raios X.

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