segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Eu não sou uma rocha não...


(Cesar Baima - O Globo) Em todo mundo, milhões de astrônomos amadores passam as noites observando o céu. Com seus telescópios e outros equipamentos montados no fundo do quintal, em parques, montanhas ou qualquer local mais afastado possível da poluição luminosa que “apaga” as estrelas nas grandes cidades, eles são uma poderosa força que auxilia os profissionais em diversas descobertas, principalmente de novos asteroides e cometas, como no caso recente do cometa Lovejoy. E como qualquer pessoa, eles também estão sujeitos a cometer enganos. Foi o que aconteceu esta semana com o observatório espacial Planck, da Agência Espacial Europeia (ESA), temporariamente designado como o asteroide "TC3D03F" antes que o erro fosse detectado.

Lançado em 2009, o Planck tem como objetivo mapear a radiação cósmica de fundo do Universo, isto é, o “eco” de micro-ondas deixado pelo Big Bang que os cientistas acreditam ter dado origem a tudo que existe, há cerca de 13,7 bilhões de anos. Com 4,2 metros de diâmetro e cerca de 1,9 toneladas, ele está a 1,5 milhão de quilômetros da Terra orbitando um dos chamados pontos Lagrange (L2, no caso), regiões do espaço onde a força da gravidade do nosso planeta e do Sol se equilibram, permitindo que naves e outros objetos permaneçam em posições estáveis .

Como bem lembraram os cientistas responsáveis pela missão Planck na conta do observatório no Twitter, imaginem o pânico global que se instalaria quando ele realizasse uma noca manobra de correção de órbita...

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