Imagem da nebulosa Rosette, feita pelo telescópio havaiano PS1. Divulgação
(Estãdão) O telescópio Pan-STARRS 1, ou PS1, que começou a operar neste ano no Havaí e tornou-se plenamente operacional nesta quinta-feira, 18, tem a maior câmera digital do mundo, com 1.400 megapixels - 150 vezes a capacidade de uma câmera comum -, e está programado para vasculhar os céus numa busca automática por objetos que mudem de posição ou de brilho abruptamente.
Essa função de rastreamento pode ajudar a detectar asteroides perigosos para a Terra, dizem cientistas da Universidade do Havaí envolvidos no projeto.
Os pesquisadores esperam que, ao longo dos próximos três anos, o PS! descubra cerca de 100.000 asteroides e determine se algum deles está em rota de colisão com nosso planeta. Ele vai mapear uma grande porção do céu, captando uma área equivalente à de 36 luas cheias em cada exposição.
Imagem de duas galáxias feita pelo PS1 ainda durante sua fase de testes. Divulgação
"O PS1 vem produzindo imagens de qualidade científica há seis meses, mas agora estamos fazendo isso do crepúsculo à alvorada, toda noite", disse, em nota, o pesquisador Nick Kaiser, da Universidade do Havaí.
A câmera digital gigante fará 500 imagens a cada noite e enviará cerca de 4 terabytes, ou o equivalente a 1.000 DVDs, para análise num centro de computação. Os computadores compararão imagens feitas com minutos ou dias de diferença em busca de mudanças no céu.
Além de caçar asteroides, essa capacidade ajudará a descobrir supernovas - estrelas cujo brilho que aumenta abruptamente.
O PS1 também vai catalogar cinco bilhões de estrelas e 500.000 galáxias. Cientistas esperam que os dados gerados pelo telescópio ajudem também a desvendar alguns enigmas da astronomia, como a natureza da matéria escura que mantém a integridade das galáxias.
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