Fotos exclusivas do universo tiradas por telescópio brasileiro

(Yahoo) O Brasil também tem o seu "Hubble". Este ano, o Observatório do Pico dos Dias (OPD), localizado em Minas Gerais, completou 30 anos de operações - o observatório é dez anos mais velho que o Telescópio Espacial Hubble. O local, inclusive, possui o maior telescópio em solo brasileiro, com um espelho de 1,60 m de diâmetro - o Hubble tem 2,40 m. Para espanto geral da nação, graças ao telescópio brasileiro cientistas fizeram descobertas de relevância internacional.

O OPD pertence ao Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), uma das unidades de pesquisa integrantes do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Foi inaugurado no dia 22 de abril de 1980 para atender à comunidade astronômica brasileira. Está inserido em uma área com 350 hectares de vegetação preservada, o que garante uma melhor observação do céu e, por estudiosos especialistas na Terra, estudos da Mata Atlântica local.

"Muitas pesquisas só podem ou puderam ser feitas no OPD", conta Tânia Dominici, gerente do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA). Entre as descobertas relevantes, uma que se destaca diz respeito à estrela Eta Carinae, localizada a 7.500 anos-luz da Terra, à direita do Cruzeiro do Sul. Até 1997, astrônomos do mundo inteiro acreditavam que a Eta Carinae era uma única estrela. E estranha, já que ela sofria "apagões" rotineiramente.

Até que o astrofísico paranaense Augusto Damineli, professor da Universidade de São Paulo (USP), descobriu o segredo do astro. A Eta Carinae não é uma, mas são duas estrelas. Uma é mais brilhante que a outra, daí a explicação para os "apagões". Quando a menor entra na frente da maior, atrapalha o brilho da companheira. Na época, os astrônomos estrangeiros desconfiaram da descoberta. Eles não acreditavam nos dados obtidos por pesquisadores do "observatório da selva". Mas o brasileiro tinha razão.

Veja imagens feitas pelo telescópio brasileiro: