terça-feira, 21 de maio de 2013

Adesão ao ESO vai alavancar astronomia brasileira



(Info Exame) Quase três anos após Sergio Rezende, ex-ministro da Ciência e Tecnologia, assinar o acordo de adesão do País ao Observatório Europeu do Sul (ESO), o projeto chegou ao Congresso para ratificação.

O maior projeto da história da astronomia brasileira está, agora, nas mãos do Legislativo. “O projeto vai alavancar a astronomia brasileira”, afirma a INFO a brasileira Duilia de Mello, astrônoma e coordenadora do programa Ciência sem Fronteiras na Universidade Católica de Washington.

O ESO é o maior consórcio de pesquisa astronômica no mundo, formado por 14 países (todos europeus), com equipamentos, telescópios e radiotelescópios de última geração nos Andes Chilenos. O contrato de adesão de R$ 565 milhões em dez anos pode fazer do Brasil o primeiro membro de fora da Europa, além de dar aos brasileiros acesso a todas as instalações.

Não há prazo para que o Brasil ratifique o acordo, que é considerado polêmico. Grande parte da comunidade científica apoia a adesão. Porém, alguns pesquisadores consideram o projeto caro e desigual para a astronomia do país.

Os defensores da adesão alegam que se trata de uma oportunidade única, que o Brasil não pode perder. “Se aprovada, a entrada do Brasil no ESO vai melhorar muito o acesso aos grandes telescópios mundiais, o que seria muito importante principalmente para a formação do jovem brasileiro”, diz.

Em março, Tim de Zeeuw, diretor do ESO, afirmou ao portal de notícias G1 que espera a adesão definitiva do Brasil em até 6 meses. O projeto foi encaminhado pela Casa Civil ao Congresso há três meses, em 19 de fevereiro.

O texto ainda passará por quatro comissões no Congresso. Mas se o Brasil quiser participar da construção do Telescópio Europeu Extremamente Grande (E-ELT), prevista para o final deste ano, precisará acelerar o processo. Nesse caso, o Brasil entraria como usuário científico, construtor e fornecedor de tecnologia.
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E mais:
O Brasil deve gastar R$ 800 milhões aqui? (Isto É)
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Acompanhe aqui a tramitação do projeto

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