sexta-feira, 6 de julho de 2012

Fundação Privada Planeja Telescópio Espacial

Missão caçaria perigos asteroides que poderiam atingir a Terra





(Scientific American Brasil) Se você tem o desejo de proteger a Terra contra asteroides fora de rumo – e alguns milhões de dólares para gastar – a Fundação B612 gostaria de falar com você.

Recentemente, o grupo sem fins lucrativos anunciou planos para desenvolver e lançar a primeira missão privada para o espaço: um telescópio espacial que encontraria e observaria 90% dos asteroides próximos da Terra com mais de 140 metros. O grupo – batizado com o nome do mítico asteroide B612, lar do personagem fictício Pequeno Príncipe – tem cientistas planetários, engenheiros ex-astronautas e ex-oficiais da Nasa.

De uma posição do lado oposto do Sol a partir da Terra, a missão poderia encontrar rochas potencialmente perigosas que não podem ser vistas do planeta. O telescópio infravermelho de 50 centímetros, chamado Sentinel, poderia identificar asteroides entre 50 e 100 anos antes de nos atingirem, explica Scott Hubbard, ex-diretor do Centro Ames de Pesquisa da Nasa, em Mountain View, Califórnia, agora pesquisador aeronáutico da Stanford University, também na Califórnia.

Hubbard diz que a missão, que poderia custar vários milhões de dólares, não é uma empreitada utópica. Atualmente o B612 está negociando para construir o veículo com a Ball Aerospace, no Colorado, que construiu o telescópio Kepler da Nasa e componentes do Telescópio Espacial Spitzer, também da agência americana. Apesar de a campanha de levantamento de fundos para o Sentinel ter começado oficialmente há poucos dias, a fundação já tem o capital inicial fornecido por vários filantropos, declara Diane Murphy, porta-voz do B612. O grupo preferiu não dizer exatamente quanto já foi levantado ou quem forneceu recursos.

Louis Friedman, co-fundador da Planetary Society, um grupo sem fins lucrativos que promove a exploração do Sistema Solar, acredita que a empreitada poderá ser bem-sucedida: “A missão deles é muito boa, exatamente o que muitos têm pedido”. Ele adiciona, porém, que levantar vários milhões de dólares em dinheiro privado é “muito mais do que já foi discutido”.

Circulando o Sol a cada oito meses em uma órbita parecida com a de Vênus, o veículo espacial resfriado por criogenia poderia estar pronto para lançamento em 2016. Os dados do Sentinel seriam publicados após a informação bruta ser processada por seis meses. Ao realizar um censo de aproximadamente 500 mil asteroides, o Sentinel seria capaz de identificar novas famílias entre a população próxima à Terra. Ele poderia localizar também alguns bons candidatos à exploração humana, ressalta Clark Chapman, secretário da fundação e cientista planetário do Instituto de Pesquisa Southwest, no Colorado. Em 2010 a administração do presidente americano Barack Obama anunciou a meta de pousar humanos em um asteroide por volta de 2025, ainda que planos específicos não estejam em andamento.

Com o orçamento de ciência planetária da Nasa prestes a cair 21% em 2013, missões privadas são contribuintes bem-vindos para a exploração espacial. “Provavelmente haverá mais propostas desse tipo conforme a Nasa começar a desaparecer”, ressaltou o engenheiro aeronáutico Fred Culick, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena.

Outra função do Sentinel (que não tem fins lucrativos) poderia ser minerar asteroides em busca de materiais preciosos. Em abril a Planetary Resources, com sede em Washington, anunciou que lançaria uma série de pequenas sondas para identificar a composição de até um milhão de asteroides nas proximidades da Terra. As observações do Sentinel poderiam indicar quais delas são as mais desejáveis para exames detalhados, explica Hubbard.

Um comentário:

  1. lixo radioativo de usinas nucleares sao um problema ,mas acho que tem solucao ,os paises rusia e usa ,gastaram milhoes em armas nucleares ,para se aniquilaren,agora en tempos de pas poderiam juntaren este verdadeiro arsenal de destruicao ,e adapta-los,en lugar destes foguetes carregaren bombas ,transportariao o nosso lixo nuclear rumo al nosso sol ,que e o melhor incinerador ,e seguro que conhecemos, fixcao, nao realidade, temos os propulsores com algumas modificacoes deven servir ,fredy

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