terça-feira, 20 de março de 2012

Onde ficará o futuro maior radiotelescópio do planeta Terra?



(Galileu / AstroNews) Dizem que a Amazônia é o pulmão do mundo. Se for assim, agora um consórcio internacional está prestes a decidir onde será o ouvido do planeta. Ele atenderá pelo nome de Square Kilometer Array, ou SKA, o maior radiotelescópio do mundo.

Por enquanto é apenas um projeto, mas quando entrar em operação, em 2020, o SKA se tornará uma das principais ferramentas dos astrônomos para estudar a formação de estrelas e galáxias. E até mesmo tentar responder à inquietante dúvida sobre se estamos sós no Universo. Tudo isso sintonizando nas frequências de rádio que esses corpos celestes transmitem.

Fruto de um consórcio formado por 20 países (inclusive pelo Brasil, além de EUA, Canadá, Reino Unido e Japão), o radiotelescópio consistirá na junção de milhares de antenas parabólicas de grande porte. Elas trabalham como se fosse uma única gigantesca antena com uma área de um milhão de metros quadrados. A um custo de US$ 2 bilhões, o SKA poderá captar as ondas de rádio emitidas por corpos celestes e estudá-los com 50 vezes mais nitidez e numa velocidade 10 mil vezes superior à dos radiotelescópios atuais. "Esta é uma oportunidade para os países transcenderem suas diferenças políticas e trabalharem juntos", diz Jo Bowler, da coordenação do projeto na Inglaterra.

Várias nações se candidataram a abrigar o conjunto,mas só África do Sul e Austrália seguem na briga. Ambas atendem a uma série de requisitos técnicos, como ter áreas livres de sinais de rádio produzidos pelo homem, condições atmosféricas ideais e infraestrutura local.

Dois pequenos protótipos já foram construídos, um em cada país finalista, com o objetivo de demonstrar a capacidade tecnológica e científica local. A nação vencedora deve ser anunciada agora em fevereiro. Então melhor decidir rápido para quem você irá torcer.

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