(DN - Portugal) A indústria e institutos de investigação portugueses deverão participar na construção do maior telescópio do mundo, que funcionará no Chile a partir de 2018, segundo um responsável da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
Este é um dos objectivos de um encontro que se realizará terça-feira em Lisboa, promovido pela FCT, e que juntará elementos do Observatório Europeu do SUL (ESO) e responsáveis da indústria e de institutos de investigação e desenvolvimento portugueses.
O objectivo do encontro é "incentivar a indústria portuguesa a participar na construção e manutenção das infraestruturas dos telescópios do ESO, tendo em vista nomeadamente projetos futuros como a construção do maior telescópio ótico/infravermelho do mundo", segundo a FCT.
Este telescópio -- o European Extremely Large Telescope (E-ELT) -- será edificado no Chile e a sua conclusão está prevista para 2018.
O desafio que este encontro quer lançar às empresas portuguesas é para se candidatarem aos vários projectos de construção deste telescópio e serem, para tal, pagas através do orçamento do ESO.
Segundo Emir Sirage, da FCT e agente de ligação industrial com o ESO, estão previstas 50 participações portuguesas: 30 empresas e 20 unidades de investigação.
O objectivo é "dar a conhecer ao ESO as empresas portuguesas e que estas têm capacidade para fornecer os serviços", disse à Lusa.
"Não queremos que Portugal fique de fora desta corrida", afirmou Emir Sirage, referindo-se ao E-ELT, o maior telescópio do mundo, com um espelho de 42 metros de diâmetro.
Para Emir Sirage, são muitos os benefícios desta participação para as empresas portuguesas, já que terão "cadernos de encargos únicos".
Em 2009 e 2010, a participação industrial portuguesa em infraestruturas do ESO traduziu-se na adjudicação de contratos num valor superior a 2,5 milhões de euros.
Anualmente, Portugal contribui com 1,5 milhões de euros para o ESO.
----
Matéria similar no Ciência Hoje - Portugal
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário