sábado, 13 de agosto de 2011

Cenário raro: neve se forma no topo de Cerro Paranal, no Chile

Montanha Cerro Paranal ligeiramente esbranquiçada devido à pequena quantidade de neve acumulada. Os pequenos traços no céu são formados pela passagem de satélites.


(Apolo11) Com 2635 metros de altura, a montanha Cerro Paranal, no Chile, é o local de montagem de um dos mais importantes observatórios astronômicos do mundo. Com quatro telescópios em seu topo, o local permite observações extremamente nítidas do universo, principalmente pela grande altitude e baixíssima umidade do ar do deserto do Atacama.

Apesar da baixa umidade do deserto, a imagem mostrada retrata um momento bastante raro na região, com o topo da montanha ligeiramente esbranquiçado devido à neve que se acumulou no início de agosto de 2011.

O deserto de Atacama se estende por mais de 1000 km desde o norte do Chile até a fronteira do Peru e é considerado um dos locais mais secos do planeta. Devido a altitude, a umidade vinda do Pacífico não consegue chegar até o deserto, tornando a condensação um fenômeno meteorológico bastante incomum, com níveis de umidade relativa que raramente ultrapassam 5%.

Os quatro telescópios instalados no topo da montanha, além dos quatro telescópios auxiliares. Juntos, o conjunto forma o VLT, um dos mais modernos telescópios baseados em terra atualmente em operação. Créditos: Yuri Beletsky/ESO, Apolo11.com.


Os telescópios instalados no topo da montanha têm 8.2 metros de diâmetro e são os mais avançados instrumentos baseados em terra hoje existentes. Juntos formam o chamado VLT (Very large Telescope ou Telescópio Muito Grande). Além dos quatro instrumentos principais, o observatório de Paranal também conta com quatro telescópios auxiliares.

Quando operados em conjunto em grupos de dois ou três telescópios, o conjunto forma um gigantesco interferômetro, permitindo aos astrônomos ver imagens no espaço com até 25 vezes mais resolução que um único instrumento.

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