sexta-feira, 29 de julho de 2011

Câmera gigante no Havaí pode proteger o planeta de "superasteroides"

Máquina instalada em cima de um vulcão dormente pode garantir segurança no planeta



(R7) Agora, estamos protegidos. Afinal, quem não ficaria mais tranquilo em saber da existência de um telescópio gigante, que fica no topo de uma montanha e está equipado com uma câmera digital de 1.4 Gigapixel?

Acredite: o PS1 é o primeiro de quatro Pan-Starrs (Panoramic Survey Telescope & Rapid Response System) – uma série de telescópios construídos para descobrir, rastrear e mapear asteroides que estejam, próximos do planeta Terra. O registro foi publicado recentemente no website da National Geographic.

A máquina foi instalada em cima de um vulcão dormente local, o Haleakala. Sustentando a maior câmera digital do mundo, iniciou as operações tirando centenas de fotos em altíssima resolução a cada novo dia, uma vez que uma de usas missões é literalmente varrer e investigar os céus atrás de rochas espaciais e estranhos fenômenos estelares.

O PS1 consegue mapear asteroides de tamanhos variados (até 300 metros ou 984 pés). E até mesmo um grande o suficiente para causar grandes destruições em uma grande área habitada – ou varrer uma cidade inteira do mapa. Para Edo Berger, professor do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica e que estudou os dados do telescópio, “é o melhor sistema de alerta precoce que temos”.

Embora tenha sido fotografado e divulgado na internet no final de 2008, suas operações completas começaram há pouquíssimo tempo. E ele age rápido: a cada 30 segundos, o telescópio tira uma foto de 1400 megapixels (1.4 gigapixel) de uma região específica do céu. Para se ter uma ideia, isso representa 3600 vezes mais proximidade do que a câmera principal do Hubble e uma resolução 1000 vezes maior do que a da Red One. Berger dimensiona o avanço.

- Conseguimos encontrar mais fenômenos astronômicos como explosões num mês mais do que toda a comunidade astronômica durante um ano inteiro.

O PS1 é o primeiro dos quatro que serão montados e “trabalharão” no Havaí. Todos ficarão apontados para a mesma direção, para que quatro imagens praticamente iguais sejam combinadas para criar apenas uma equivalente a de um telescópio de 3,6m. Isso aumenta a observação de objetos em até dez vezes.

Para Berger, será possível mapear o sistema solar com muito mais detalhes do que anteriormente e estudar a formação da Via Láctea por meio da observação com uma sensibilidade sem precedentes.

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