segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Próxima década - Parte II


(Duília de Mello - O Globo) Continuando o post sobre os projetos que foram considerados como prioritários para a próxima década, aqui vão os projetos de grande porte que a comissão americana escolheu para astronomia feita em observatórios no solo terrestre.

A prioridade número 1 deve ser dada para o LSST (Large Synoptic Survey Telescope) que terá 8,4m de diâmetro, cobrirá uma grande área do céu de uma só vez, e será instalado no Chile. O LSST custará 465 milhões de dólares e deverá começar o mais rápido possível.

O segundo projeto selecionado é na verdade uma coleção de 7 projetos de médio porte e que custarão 40 milhões de dólares por ano durante dez anos.

O terceiro projeto escolhido foi o GSMT (Giant Segmented Mirror Telescope) e vai deixar alguns membros da comunidade bem decepcionados, pois a comissão recomendou que a agências de fomento federal, NSF, escolha entre um dos dois projetos de grande porte que já estão em fase de estudos e execução, o GMT (Giant Magellan Telescope) e o TMT (Thirty Meter Telescope). O NSF deverá arcar com apenas um quarto dos 1.1-1.4 bilhões de dólares, o resto deve vir de outras fontes de fomento.

O quarto projeto escolhido foi o ACTA (Atmospheric Cerenkov Telescope Array) e os EUA deverão arcar com apenas um quarto dos custos, o que dá cerca de 100 milhões de dólares, o restante deve vir da colaboração com a Europa.

Além dos quatro projetos, a comissão sugeriu também que se invista em um projeto de médio porte, o CCAT (Cerro Chajnantor Atacama Telescope), que é uma antena de 25 m de diâmetro que funcionará em conjunto com o ALMA que está em construção no Chile. O NSF pagará um terço dos 140 milhões de dólares e o projeto deverá começar imediatamente.

No próximo post vou dar a minha opinião e quais foram as surpresas do relatório.

A imagem acima é uma proposta de design do prédio do LSST no Chile. Lindo, não?

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